Poucos nomes causaram tanto impacto no UFC quanto Jon “Bones” Jones. Com um cartel quase impecável, performances dominantes e um talento inegável, Jones se despede do MMA deixando um legado repleto de conquistas, polêmicas e uma certeza quase unânime entre fãs e especialistas: ele é o maior lutador de todos os tempos. E agora, quando ninguém esperava, a aposentadoria de Jon Jones aconteceu.
Neste artigo, vamos revisitar a carreira do campeão, suas estatísticas mais impressionantes, os altos e baixos da trajetória e o que significa sua aposentadoria para o esporte.
O Início de uma Lenda
Jon Jones estreou no UFC em agosto de 2008, aos 21 anos, com uma vitória sobre Andre Gusmão. Desde então, ele passou a escalar rapidamente os rankings dos meio-pesados, impressionando com seu alcance de 2,15 metros, criatividade dentro do octógono e controle absoluto das lutas.
Em 2011, aos 23 anos, ele se tornou o campeão mais jovem da história do UFC, ao derrotar Maurício “Shogun” Rua por nocaute técnico no terceiro round. Esse foi o início de um reinado que duraria mais de uma década.
Estatísticas e Conquistas de Jon Jones
A carreira de Jon Jones é recheada de números impressionantes:
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Cartel profissional: 27 vitórias, 1 derrota (desqualificação contestada), 1 “No Contest”
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Defesas de título: 11 vezes no peso meio-pesado (recorde da categoria)
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Tempo como campeão: Mais de 8 anos somando seus dois reinados nos meio-pesados
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Vitorioso contra lendas como: Daniel Cormier, Lyoto Machida, Rashad Evans, Alexander Gustafsson, Glover Teixeira e Quinton Jackson
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Títulos em duas divisões: Campeão dos meio-pesados e dos pesados (última conquista contra Ciryl Gane, em março de 2023)
Sua vitória contra Ciryl Gane em sua estreia nos pesados, após 3 anos de inatividade, foi o símbolo máximo da sua genialidade. Finalizou Gane com um mata-leão ainda no primeiro round, consagrando-se campeão em uma nova categoria com facilidade desconcertante.
As Polêmicas Fora do Octógono
Apesar do sucesso esportivo, a trajetória de Jones também foi marcada por diversos episódios controversos, muitos deles envolvendo drogas, problemas legais e violações de regras do esporte. Veja alguns dos principais:
1. Desqualificação por cotovelada ilegal: Sua única “derrota oficial” veio em 2009, contra Matt Hamill, por desqualificação. Ele estava vencendo a luta facilmente, mas aplicou cotoveladas ilegais (12-6 elbows), o que resultou no fim precoce do combate.
2. Flagrantes no antidoping: Jones foi suspenso por uso de substâncias proibidas em mais de uma ocasião. Em 2016, testou positivo para turinabol antes da luta contra Daniel Cormier, e o resultado foi revertido para “No Contest”. Ele alegou contaminação acidental por suplemento.
3. Problemas com a lei: Entre os episódios mais graves, Jones foi preso por dirigir embriagado, se envolver em acidente de carro com fuga do local e posse de arma de fogo. Esses episódios abalaram sua imagem, tiraram cinturões e interromperam sua carreira diversas vezes.
4. Suspensões e inatividade: De 2015 a 2022, Jones teve vários períodos fora do octógono por suspensões, negociações contratuais e problemas pessoais. Ainda assim, sempre voltou com vitórias marcantes.
A Ascensão ao Peso Pesado e a Despedida Triunfal
Após se afastar do octógono em 2020, Jones começou a anunciar sua preparação para subir aos pesados. O mundo do MMA esperava ansiosamente sua estreia, que aconteceu apenas em 2023 contra Ciryl Gane, na luta principal do UFC 285.
Com uma performance dominante, Jones finalizou o francês ainda no primeiro round, se tornando campeão dos pesos pesados e se consagrando como campeão em duas categorias — um feito reservado a poucos.
Depois disso, uma lesão o tirou da aguardada luta contra Stipe Miocic, prevista para o fim de 2023. Jones passou por cirurgia e, já em 2024, começou a dar indícios de aposentadoria.
A confirmação veio em 2025, em um anúncio discreto, mas simbólico: Jon Jones se aposentava oficialmente do MMA, aos 37 anos, com o status de lenda consolidado.
Jon Jones é o Maior de Todos os Tempos?
Essa pergunta divide opiniões, mas os argumentos a favor de Jones são difíceis de ignorar.
A favor:
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Dominou por mais de uma década.
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Derrotou lendas e campeões de várias gerações.
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Nunca foi vencido de forma legítima.
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Campeão em duas divisões, com estreia avassaladora nos pesados.
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Retornava de suspensões e inatividade sempre vencendo.
Contra:
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Problemas com doping.
Mesmo com as polêmicas, muitos especialistas — como Joe Rogan, Daniel Cormier e até rivais — reconhecem Jon Jones como o GOAT (Greatest of All Time) do MMA. Seu talento era visivelmente acima da média, e sua versatilidade e inteligência dentro do octógono o tornaram praticamente imbatível.
O Legado de Jon “Bones” Jones
Mais do que cinturões e vitórias, Jon Jones deixa um legado complexo, porém inegável. Ele é o reflexo de um talento puro, capaz de fazer parecer fácil o que para outros era impossível.
Ao longo dos anos, inspirou novas gerações, desafiou limites e reescreveu o livro dos recordes do UFC. Sua aposentadoria marca o fim de uma era — a era de Bones.
Agora, a pergunta que fica é: haverá outro como ele?

Conclusão
Jon Jones não foi apenas um campeão — foi uma revolução no MMA. Seus feitos dentro do octógono, apesar das falhas fora dele, o colocam num patamar inalcançável. Aposenta-se como o rei dos meio-pesados, como o campeão dos pesados, e como aquele que, para muitos, é simplesmente o maior de todos os tempos.
O UFC nunca mais será o mesmo. Mas seu legado vai ecoar por décadas. A única coisa que nos cabe dizer, é: 👑 Obrigado, Jon Jones. O Octógono é eternamente seu.
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